Instruções do Exame

Dengue Anticorpos Antígeno NS1

Instruções para paciente

IMPORTÂNCIACLÍNICA
A Dengue é uma arbovirose causada por um Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae, e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, apresentando quatro
sorotipos conhecidos (Den-1, Den-2, Den-3 e Den-4). Seu período de incubação é de 3 a 15 dias, com média de 5 a 6 dias. Os sintomas clínicos são caracterizados por febre alta (39°C a 40°C) de início abrupto, seguido de cefaleia, mialgia, prostração, artralgia, dor retroorbital, astenia, anorexia, náuseas, vômitos, exantema e prurido cutâneo. As formas hemorrágicas da doença são as mais graves e podem ocorrer gengivorragia, petéquias e equimoses, gastroenterorragia, choque e morte. O achado laboratorial importante é a trombocitopenia. Afebre hemorrágica da Dengue acorre em 2 a 4% dos
indivíduos reinfectados.
Devido à sua alta morbidade e mortalidade a Dengue é considerada uma das mais importantes doenças virais. Ela se concentra principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, sendo que as epidemias ocorrem durante ou imediatamente após períodos chuvosos. Estima-se que 2,5 bilhões de pessoas residam em áreas com risco potencial de transmissão do vírus.
No Brasil, entre 1990 e 2000, os sorotipos Den-1 e Den-2 se disseminaram, com registro de epidemias principalmente nos grandes centros urbanos do Sudeste e Nordeste. Em 2003, os sorotipos Den-1, Den-2 e Den-3 foram isolados em 23 Estados e observou-se um número crescente de internações por febre hemorrágica da Dengue. A doença tem ocorrido de forma endêmica, com picos epidêmicos nos primeiros quadrimestres anuais e circulação dos sorotipos Den-1, Den-2 e Den-3.
Essa situação, associada à limitada efetividade no controle do vetor e à ausência de uma vacina eficaz, aumentou o risco da ocorrência de febre hemorrágica e síndrome do choque da Dengue.
Atualmente, os testes rápidos se tornaram uma forma segura para o diagnóstico da infecção primária e secundária da Dengue, pois as informações obtidas estão associadas à resposta imune e são essenciais para a tomada de conduta do paciente.
A produção de IgM ocorre por volta do 5° ao 8° dia a partir do aparecimento dos sintomas, persistindo geralmente por 30 a 60 dias, podendo, em alguns casos, estar presente por meses; seu aparecimento indica uma infecção recente ou fase aguda da doença. Já a produção de IgG ocorre por volta do 14° dia, podendo persistir por toda a vida e caracteriza uma infecção pregressa. Como a infecção por um subtipo não confere imunidade aos demais subtipos, podem ocorrer reinfecção ou infecção secundária, com aumento de IgG específica após 1 a 2 dias do aparecimento dos sintomas e surgimento de IgM específica mais tardiamente.