Instruções do Exame

Transferrina Deficiente de Carboidrato

Instruções para paciente

Interpretação
O principal componente da transferrina sérica é uma glicoproteína com massa molecular com cerca de 80 kD que contém duas cadeias laterais de polissacarídeos.
A transferrina sérica humana pode, no entanto, ocorrer em diferentes isoformas com diferentes graus de glicolização. A tetrasialoforma com duas cadeias laterais de hidratos de carbono, cada qual com dois resíduos terminais de acido siálico, esta presente em cerca de 90% de indivíduos saudáveis. As moléculas de transferrina com apenas uma cadeia lateral de hidratos de carbono (disialotransferrina) ou mesmo sem cadeia de hidratos de carbono (asialotransferrina) ocorrem em números aumentados como resultado do consumo de álcool. Essas outras isoformas de transferrina estruturalmente alteradas induzidas por consumo de álcool são denominadas CDT (Transferrina deficiente em hidratos de carbono).
A determinação do CDT é uma preciosa contribuição para o reconhecimento de doentes com consumo de álcool cronicamente elevado, monitorização de alterações no consumo de álcool e monitorização de abstinência. Estudos comprovam que a CDT é um dos marcadores específicos para o consumo de álcool aumentado ao longo de um maior período de tempo.
As doenças não induzidas por álcool que podem desencadear um aumento na CDT incluem hepatite crônica ativa, cirrose biliar primária, falência hepática e a síndrome de CDG (glicoproteína deficiente em hidratos de carbono).